Costumo desconfiar de livros hypados, mas "A camareira", de Nita Prosi, foi uma grata surpresa. Como livro policial, ele não impressiona. No entanto, já no prólogo, o leitor é fisgado pela personagem principal da história, nossa camareira Molly.

Ela é uma jovem com problemas de socialização, que trabalha em um luxuoso hotel. Sua vida se resume ao trabalho. Não tem amigos e perdeu recentemente sua avó, que foi quem a criou e quem a ajudava a interpretar o mundo. Mas se tem uma coisa que Molly tem certeza é do seu amor por limpeza. Ela se dedica a fazer um trabalho impecável e deixar os quartos do hotel em um "estado de perfeição". Certo dia, ao entrar na suíte de Charles Black, a vida organizada de Molly vira de cabeça para baixo: além de encontrar os cômodos em completa desordem, a jovem se depara com nada menos que o próprio Sr. Black morto na cama. O seu comportamento incomum levanta suspeitas da polícia, e a camareira, acostumada a passar despercebida, logo se vê presa em uma teia de mentiras e mal-entendidos que não faz ideia de como desfazer.

A história é contada em primeira pessoa por Molly e, diante de sua própria dificuldade de interpretar os acontecimentos e as intenções das pessoas, ficamos sem saber se ela é afinal a mocinha ou a vilã da história.

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FICHA TÉCNICA

Título: A camareira

Autor: Nita Prosi

Editora: Intrínseca

Número de páginas: 336 páginas

ISBN-13: ‎ 978-6555605860